Darren Criss para a Beasty- 2015
- Julia Oliveira
- 11 de ago. de 2016
- 9 min de leitura
Olá, amorinhas! A entrevista dessa semana será a entrevista que nosso querido Darren Criss (que interpreta Blaine Anderson na série) deu para a The Daily Beasty, uma revista online, em Junho de 2015. Aqui, conferimos tudo sobre sua saída em Glee, sua lealdade à série, seu musical 'Hedwig And The Angry Inch' na Broadway e sua infância. Vamos lá?

Como Darren Criss se graduou em ‘Glee’, virou mestre em ‘Hedwig’, e tornou-se o ‘It Boy’ de novo.
A estrela de Glee fala sobre resistir à queda do fenômeno em formação, surpreender os críticos da Broadway com a estreia da embaladora transgênera, e ser o “hétero-gay” favorito da América.
As botas go-go brilhantes foram cuidadosamente polidas. A peruca com topete foi hidratada e a mini-saia coberta de cristais Swarovski foi limpa.
O pequeno glitter que não foi jogado fora pelo suor, foi jogado fora pelo banho e Darren Criss, minutos depois de absorver os aplausos por sua exaustiva e brilhante transformação em Hedwig no show da Broadway “Hedwig and the Angry Inch”, ainda está energizado, flutuando por seu camarote num kimono curto.
Ele solta.
“Aqui vai ela,” ele ri, apontando para seu espirito que passeia pela sala. Hedwig foi exorcisada. Darren está pronto paa conversar.
Quando nos encontramos na tarde seguinte na Manhattan’s Soho House, a unha preta e polida de Hedwig ainda é perceptível enquanto Criss folheia o menu. “Estou sempre com ela,” ele diz. “Está raspada agora porque é sexta-feira.”
Um exército de amigos está na cidade, para vê-lo em sua corrida na Broadway para ser um substituto de Neil Patrick Harris em Hedwig e para visitar New York num dia perfeito de primavera, e poucos não resistem em parar na mesa para dizer “Oi.”
“Minha cauda está, tipo, balançando,” ele diz, se desculpando por sua energia frenética. Parte disso tem a ver com seus amigos, os quais ele está ansioso para marcar um tempo na sua agenda, que já está muito cheia. A outra parte tem a ver com sua animação na própria agenda.
Criss acabou de sair na sua corrida de cinco anos no fenômeno que queimou rápido e brilhante da Fox, Glee, o qual ele interpretou Blaine, o doce adolescente que se tornaria metade em um dos mais famosos casais gays da TV. O fim de Glee é parte do porquê estamos nos encontrando, para relembrar seu tempo no programa e também discutir sua chance real de ganhar sua primeira indicação ao Emmy- não por interpretar Blaine (que só por isso deveria ter ganhado uma nominação na sua temporada de estreia), mas sim por ter escrito a emocional canção original “This Time”, performada por Lea Michele na series finale da série.
Ele também está na metade de uma temporada de 12 semanas em Hedwig, realizando um sonho que tem desde que assistiu pedaços da versão cinematográfica no DVD de seus pais num porão de San Francisco quando adolescente. Ganhando notas animadoras da crítica por sua performance reveladora e salvo da perseguição do fantasma de Glee, um programa que parou de ser legal há muito tempo, Criss está numa emocionante encruzilhada em sua carreira.
E o homem de 28 anos, passando o tempo na junção enquanto canta e dança oito vezes por semana no papel mais exigente e gratificante da Broadway, é impressionantemente consciente sobre isso tudo. Mas de novo, enquanto ele pondera sobre seus palcos e telas futuras, mais oportunidades musicais, é provavelmente o que o faz um dos mais preparados It Boys- um título que ele ganhou com a versão acapella de “Teenage Dream”- para manter a coroa da cultura pop.

Quando foi anunciado que Criss seria o próximo Hedwig, um superlativo de força de estrelato e fé no talento, dado por aqueles que interpretaram o papel na Broadway desde da saída de Harris (incluindo a estrela de ‘Girls’, Andrew Rannels e Michael C. Hall, de Dexter), muitas pessoas assumiram que era um desafio muito grande para uma pessoa que estrela numa novela musical adolescente por anos.
Essas pessoas, claramente, não sabiam da extensão da obsessão de Criss com o musical de John Cameron Mitchell, sobre uma estrela transgênera se acertando com seu passado e seu futuro; depois da faculdade, ele até tentou colocar nos palcos uma versão de um homem só do show. Essas pessoas, provavelmente, também não sabiam do quão severamente Criss acha a presunção de que ele estava numa pressa para sair de um assim chamado “molde para ser ridículo.”
“Isso é jornalismo preguiçoso,” ele diz. “É isso que as pessoas vão dizer sobre qualquer coisa. Tipo, se todos soubessem que Jennifer Lawrence era de Jogos Vorazes e ela fez outra coisa, o que é chamado de ser um ator, é tipo ‘saindo da jaula!’ Nós somos atores. Nós atuamos em outras coisas. É como isso funciona.”
Preguiçoso como pode ser, foi isso que aconteceu. Ao que diz respeito disso, um dos muitos talentos de Criss é mudar a ideia das pessoas sobre o que ele é capaz de fazer- e se você teve a chance de vê-lo performando Hedwig, ele é capaz do que suas mais altas expectativas sobre o seu talento podem sugerir.- escrever uma canção original foi o último round de chamadas que ele fez no seu tempo em ‘Glee’. Nada diz “legitimo” como ser um compositor.
Mesmo assim, quando chegou a hora de escrever “This Time” para o fim de Glee, Criss estava nervoso. Ele já tinha recebido a benção de Michele e Murphy para escrever a última música de Michele como Rachel, um momento monumental na série. “Mas eu estava com medo de que, se eu fizesse, seria sem importância, mas acho que esse foi o meu maior medo na série toda,” ele diz. “Se você escreve uma música para alguma coisa ou alguém, você tem que ter algum tipo de peso. Não, ‘Oh, um ator escreveu uma música. Que divertido!”
Depois de saber que a série terminaria com Rachel voltando para New York, “This Time” transformou-se do que foi originalmente foi feita, ser um número em grupo em qual todo o clube glee teria uma linha para dizer adeus, para um número solo de Rachel, o queal ela personificou o encerramento que todos sentiriam naquele momento: Rachel, Michele, os outros membros do clube glee, o público, e até mesmo Criss.

Mas, quando Criss descobriu, dificultou bastante escrever uma letra inspiradora sem ser meloso. “Este é o meu momento! Vou viver pra sempre! Arco-íris e raios de sol!” Criss ridiculariza, cantando. “This Time” tem um pouco disso, por causa de sua natureza teatral e por causa do momento. “Você tem que vir vestido pra festa,” ele diz. “Se você vai pra festa da toga, use a toga.” Ou, nesse caso, incline-se em clichês sobre como dizer adeus.
Criss exalta que escrever uma música como “This Time” é muito específico para Glee. , e não totalmente emblemático de quem ele é como um compositor- algo que o anima. “Eu quero escrever uma música para algum artista que não tem nada a ver com aquela música e as pessoas fiquem tipo, ‘Eu não acredito que aquele cara escreveu “This Time” também escreveu essa música’”
É como o que está acontecendo com ele agora em Hedwig. Com certeza, as pessoas sabiam que ele podia atuar, cantar e dançar. Ele era, sem dúvidas, o melhor de Glee durante anos pois sabia fazer essas coisas muito bem. Mas a maioria dessas pessoas ainda não estavam preparadas para a performance matura, irreverente, montada e emocionalmente nua que ele está dando em ‘The Angry Inch.’
“Eu sou um soldado,” ele diz. “Dê-me um emprego e lá estarei para fazê-lo. É como eu me coloquei no mundo da atuação. Eles são um time. Você segue ordens. Estou lá para servir o grande batalhão que é nossa história e o objetivo da batalha que temos que lutar.”
Glee tem um lugar muito específico no mundo, com uma vibe distinta e um ritmo distinto. Blaine era um personagem daquele mundo, e Criss tinha que cuidar de sua voz e reprimirr seus talentos, ele diz, para se encaixar naquele mundo. “Você tem que saber construir o seu pedaço dentro dos limites daquele meio,” ele diz. “Dito isso, Blaine era um exercício interessante em tentar ser uma coisa só. Então é bom estar fora e lembrar às pessoas que nós somos atores.”
Criss não é nada além de emotivo enquanto fala sobre Glee, mesmo que ele seja mais prático do que você esperava sobre esse declínio em sua popularidade. Ele lembra de sua audição para o papel de Finn Hudson, muito antes de ser escalado para Blaine. Ele lembra de que quando Glee estreou, ele estava atuando em sua primeira série de TV, o breve ‘Eastwick’, que passaria logo depois do musical. Ele convidou seus amigos para assistir ‘Eastwick’ as 21, mas eles insistiram em aparecer as 20 para assistir Glee primeiro.
Então tem um conto interessante sobre a Comic-Com. Em 2009, Criss apareceu lá num painel de Harry Potter (ele criou e estreou o sucesso do Youtube “A Very Potter Musical”), o qual ficou no espaço do outro lado do corredor do extremamente lotado painel de Glee. Ele fez uma piada auto-depreciativa sobre como seu público tinha se perdido no caminho para o evento de Glee. No ano seguinte, ele foi pedido para aparecer no painel de Harry Potter de novo, mas teve que recusar pois estava do outro lado do corredor, promovendo Glee.

“Foi interessante ver isso ir e vir,” ele diz. “Nós fizemos uma tour internacional. Eu era Bono por dois meses. Era extraordinário. Ai a audiência caiu. Não é segredo que Glee queimou quente e rápido.”
Nem todo episódio era bom depois de um tempo, ele confessa. Mas ainda tinha coisa boa. “O número de vezes que eu li um roteiro e falei, ‘Ah não, como isso vai acabar?’ é o mesmo número de vezes que e vi um episódio e pensei, ‘Esse foi legal. Foi genuinamente legal.’ Então foi nivelado.”
Especialmente quando ganhou um papel maior, apareceram ofertas que o tirariam dos corredores do McKinley High, os quais ele recusou pois teve um senso de lealdade para o time criativo que deu essa chance a ele. “De repente, todas essas portas abriram, mas ai você está muito gordo para passar,” ele diz. “E eu não queria sair por respeito e gratidão pelo o que foi dado a mim.”
Quando ficou claro que ‘Hedwig and the Angry Inch’ continuaria depois da saída de Neil Patrick Harris, a ideia de que Criss seria uma reposição se tornou inevitável. Uma das primeiras conexões que ele fez depois de Glee foi o produtor de shows David Binder, o qual ele contou que ele queria estar no renascimento do show algum dia- mesmo antes da saída de Harris estivesse publicada.
Por outro lado, alguns podem achar estranho que um garoto hétero de 16 anos passaria mais de uma década com um desejo apaixonado de interpretar uma estrela transgênera alemã, uma personagem que se tornaria um ícone para a comunidade LGBT.
“Você tipo, levanta uma sombrancelha,” ele diz. Mas ele se lembra dos dias em que assistia ao filme no porão, aterrorizado de que sua mãe o visse. “Era inapropriado, subversivo e diferente, tudo o que você gosta quando é adolescente. Punk Rock do caralho, entende?”
“Eu era a criança que evstia calças coloridas e estranhas porque eu gostava que as pessoas perguntassem o que era bacana,” ele continua. “Eu tinha a unha polida e óculos estranhos pois achava que era engraçado, mas eu ainda apareceria num jogo de futebol americano como um malandro. E isso é engraçado pra caralho.”
O guardião sagrado de Hedwig, seu criador e estrela original, John Cameron Mitchell, certamente deu a Criss sua aprovação. Os dois construíram a amizade por anos, mesmo antes de Criss estrear na série. Ele se chama Criss, que transformou um interesse enorme em sua sexualidade por conta dos personagens que interpreta (ele é hétero e tem uma namorada) em uma paixão pela defesa dos direitos LGBTQ, “o mais doce e hippie garoto hétero-gay do quarteirão.”

É um elogio que Criss abraçou, mas existe um pouco de controversa numa comunidade a qual identidade e rótulos estão em constante evolução, sempre de um modo sensível.
“Se qualquer um tivesse permissão para dizer isso, e é um agrado e é um elogio, é Jonh Cameron Mitchell”, ele diz. “Se algum cara aleatório dissesse isso, Eu estaria tipo ‘De que merda ele está falando?’ Mas John sendo uma força e um nome na comunidade, tanto para ele falar, se é um teatro ou a comunidade LGBTQ, que contém você, significa muito vindo dele. Acho que as pessoas que não necessariamente sabem as complicações do que isso significa, poderiam se ofender. Se eu fosse uma pessoa diferente, eu ficaria tipo ‘Que?!’”
É a junção do que nós discutimos sobre o que vai acontecer com Criss quando seu show de 12 semanas na Broadway acabar no meio de Julho. Ele gostaria de compor mais músicas, diz, e sempre existe a chance de mais projetos com a Star-Kid Productions, o time com o qual criou “A Very Potter Musical" Já na atuação, “só me dê a porra de um personagem interessante,” ele diz, “É só o que eu preciso”- enquanto admite isso, depois de uma exaustiva maratona na Broadway, um filme na praia serie bom.
“Eu não sonhei com Glee pois não cresci com Glee,” ele diz. “Aconteceu de virar um sonho. Mas eu estou realmente no meio de uma fantasia. Tenho pavor de isso acabar.”
O resto de nós, no entanto, deveríamos estar muito animados.
E essa foi a entrevista de hoje, meus amores! A segunda entrevista da semana sairá no sábado ou no domingo <3
Texto original por: The Daily Beasty, junho de 2015
Tradução por: Julia Oliveira

Way, Bitches
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