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Lea Michele para Ellen 2013

  • Julia Oliveira
  • 17 de ago. de 2016
  • 13 min de leitura

Oi Gleeks do meu coração! Me perdoem por ter atrasado a entrevista em dois dias, mas pelo menos saiu, né? Haha, sem mais delongas, vamos à entrevista que a nossa querida Lea Michele (a eterna Rachel Berry) fez para a revista Ellen em novembro 2013. Na entrevista, a baixinha fala sobre como conheceu Ryan Murphy, como se apaixonou por teatro, como a morte de Cory afetou-a e afetou seu álbum e como seus amigos ajudaram-na em momentos difíceis de sua vida. Let's go!

LEA MICHELE SE ABRE SOBRE VIDA DEPOIS DE CORY

Lea Michele estava vivendo seu sonho como a rainha do drama de Glee, namorando o quarterback dentro e fora da tela. Então, a trágica morte de Cory Monteith abalou seu mundo. Ela se abriu para Lizzy Goodman sobre amor, o luto através da música e sobre achar força no legado de Cory.

Lea em capa da Ellen, Nov. de 2013

Cory Monteith e Lea Michele eram, por uma avaliação superficial, um casal diferente. Ele era o canadense amoroso, que teve um início tardio em Hollywood- ela era a garota-que-nasceu-apara o palco. Ele era descontraído e gentil, ela era focada e desligada (também era 30 cm mais baixa que ele). Mas em outras avaliações, fazia completo sentido. Em Glee, quando o afável personagem de Monteith, o todo-americano Finn Hudson se apaixonou pela personagem de Michele, a enrolada Rachel Berry, ele de repente pensou mais, e ela esquentou e se tornou mais humana. Uma versão do mesmo aconteceu na vida real. Embora Monteith e Michele obviamente não eram seus personagens, foi bem óbvio que quando o romance da vida real começou a aparecer nos tabloids, os fãs de Glee –que são muitos-, ao assistir, os encontraram-os um pouco mais radiantes e também mais afetuosos. Amor verdadeiro tem esse efeito: Uma pessoa suaviza as arestas do outro.

De algum jeito, essa incompatibilidade da união de Monteith e Michele só adicionou mais tristeza ao já grande senso comum de luto quando o ator morreu em Julho, aos 31 anos, sozinho num quarto de hotel em Vancouver, por conta de uma aparente overdose.

“Um farol não salva os navios; ele não sai e salva-os, é só o pilar que ajuda a guiar as pessoas para casa,” diz Michele três meses depois. A atriz super baixinha de 1,60m está vestida em calças de trilha e uma camiseta preta, seu pé descalço, dobrado debaixo de uma cadeira no pátio da piscina na sua modesta e arejada casa em West Hollywood. “Alguém me disse isso, e eu amei a ideia. Ultimamente, tenho usado como uma metáfora que me guia.” O que a metáfora significa exatamente não é imediatamente claro: Ela é o farol? “Casa” é simplesmente o paraíso? <as parece que esse é o seu jeito de descrever pelo o que tem procurado, e talvez o que ela tentou ser para Monteith, antes de ser tarde demais. “Na minha vida toda, nunca achei que estaria nessa posição,” ela continua, as duas mãos em volta de uma caneca de chá. Glee estava em hiatos quando Monteith morreu, mas agora a série está na quinta temporada e Michele se encontra em um luto privado em público.

No tributo que foi recentemente ao ar, o criador de Glee, Ryan Murphy, decidiu não explicar porque o personagem de Monteith, Finn, morreu, optando por reunir os membros do atual e do antigo Glee Club, para prestar luto através da música. Durante o episódio, o sofrimento dos personagens reflete obviamente no que os atores estavam sentindo. E nenhum sofreu mais que Michele- mesmo profissionalmente, ela recita o script de Rachel Berry, mas as lágrimas são reais. Sua rendição na música “Make You Feel My Love,” de Bob Dylan, ressoa um coração genuinamente partido.

Lea em 'MYFML', no 5.03

“Antes de Cory falecer, Lea era definitivamente a líder no set, assim como Cory,” diz Jane Lynch, que interpreta a treinadora Sue Sylvester. Ela tem sido uma verdadeira batalhadora. Ela é a razão pela qual estamos de volta agora, ao invés de pausar por uma temporada.” Junto com a pressão de ajudar a manter o programa no ar, Michele sente também a pressão de saber que legiões de fãs de Glee perseguem cada movimento seu: Ela já está namorando de novo? A relação deles era publicidade todo esse tempo? “Agora que estou nessa posição, você pode decidir crescer, e é isso que eu vou tentar fazer,” ela diz. “Eu sei que Cory iria querer mais do que tudo que eu pegasse essa situação e usasse-a para ajudar pessoas. Eu não sei se vou. Não sei como.”

De longe, a resposta de Michele foi para dar a ela tempo; a atriz de 27 anos adiou o lançamento de seu disco solo (ainda sem nome) para 2014. “É muito difícil,” ela diz, balançando a cabeça. “Você tem que ser muito forte para sair dessa viva, mas eu acho que estou fazendo o melhor para mim mesma, por mostrar que você não tem que perder a cabeça, talvez alguém sinta algum tipo de força ou conforto.”

Quando conhecemos o líder do time de futebol americano do William McKinley High School, ninguém suspeitava que o ator ficha limpa que o interpretava tinha um problema com drogas. Monteith foi criado em Victoria, British Columbia, por sua mãe, uma decoradora de interiores. Seus pais se separaram quando ele tinha 7 anos, e Monteith não via muito seu pai, que era militar. Aos 13, o ator usava drogas e álcool; aos 16, ele estava “fora de controle,” ele contou para a ‘Parade’ em 2011, “dentro de tudo e qualquer coisa,” e “o possível” disso. Ele nunca terminou o ensino médio, e depois de uma intervenção de seus amigos e família, Monteith foi para a reabilitação aos 19. Anos depois, quando foi pego roubando dinheiro de um membro da família para alimentar seu habito, que ele decidiu seguir um rumo em sua vida. Ele trabalhou como um carpinteiro, dirigiu um ônibus escolar, foi um entregador do Walmart, e eventualmente começou a fazer aulas de teatro. Então, um vídeo que ele fez de si próprio tocando bateria com Tupperwares e lápis em sua cozinha o fez ser escalado em Glee; foi sua primeira grande atuação.

Embora seja 4 anos mais nova que ele, Michele, a esse ponto, já era uma performer veterana, estando na Broadway desde sua infância. Um papel vencedor de prêmios como Wendla no musical vencedor de Tonys, ‘Spring Awakening’ havia consagrado-a como uma estrela de boa-fé. Aliás, todos sabiam que Glee foi desenvolvido com Michele em mente. Monteith gostava de falar como ele ficava intimidado com os elogios dela e o quão nervoso ele estava para conhecê-la, um pensamento que ainda faz Michele sorrir. “Desde o primeiro minuto que conheci Cory, eu fiquei tipo, ‘Esse é o homem mais bonito que eu já vi minha vida toda,’” ela lembra.

O par namorou brevemente no começo de Glee, mas “ninguém realmente pegou,” a atriz diz. Os dois estavam se ajustando à vida de celebridade em LA, sendo seguidos por paparazzi e obcecados por 10 milhões de telespectadores, que se apaixonam pelo programa todo dia. Juntos, eles viraram um casal canon para a impressionantemente crescente marca ‘Glee.’ Desde suas estreia, o show se tornou um fenômeno. Com a vitória de seis Emmys e quatro Globos de Ouro, as trilhas sonoras do show venderam mais de 13 milhões de cópias no mundo todo, o que ajudou a encher os shows da Glee Live! Tour, a qual Monteith e Michele performaram. Por combinar números musicais famosos com os problemas da confusão sexual, conflito racial e a estranheza da adolescência, o programa também redefiniu o que a televisão poderia ser.

Monchele no fim da season 4

No final de 2011, Monteith e Michele eram oficialmente um casal. “Um dia, nós apenas olhamos um ao outro e estávamos tipo, ‘Você quer fazer isso?’ Nós sabíamos.” Mas em março de 2013, Monteith estava de volta a clinica de reabilitação, e a sua história com as drogas se tornou pública. Michele é discreta sobre o que ela sabia e como ela tentou ajudar. “Só posso imaginar como isso parece do lado de fora,” ela solta. “Foi um período de tempo muito curto entre quando as pessoas descobriram até, você sabe, Julho, mas existem tantos detalhes pessoais dessa jornada inteira que as pessoas não estão convidadas a saber. Nós tivemos vidas cheias, e existiam muitos detalhes diferentes que serão sempre nossos, só para nós, entende?” Perguntei se ela estava preocupada com ele, e sua resposta foi rápida. “Claro,” ela diz. “Quem não estaria?”

Considerando sua bem-documentada ambição- e aquela voz maravilhosa- Michele pode parecer para você aquela criança fanática por teatro, do tipo que canta músicas de ‘Annie’ na mesa de jantar. Na verdade, ela nem cantava quando criança. Nascida Lea Sarfati, a atriz com certeza era uma performer natural, mas, sempre fazendo vozes e sotaques, ela parecia mais uma comediante do que uma cantora. Quando Michele estava na escola primária, sua mãe levou outra garota para uma audição para o musical ‘Les Misérables’ como um favor, e a Lea de oito anos, num susto, decidiu fazer a audição também. “Minha mãe ficou tipo, ‘O que você quer dizer? Você não canta! Isso é para a Broadway!’” Milagrosamente, ela pegou o papel de Young Cosette- nunca tendo uma aula de canto ou performado profissionalmente em sua vida toda. “’Nunca deixem eu parar. Quero fazer isso peo resto da minha vida,’” ela contou aos seus pais depois de sua primeira apresentação. “Eu sabia. E isso vem com um alivio absurdo. Você não tem essa agitação pessoal –o que eu deveria fazer com a minha vida?!- você pode seguir em frente 100%. Meu pais me encorajaram, mas relaxe, ”ela diz. “Não tinha aquela coisa de ‘performe para nós.’ Minha família respeita que isso é o que eu realmente amo, mas também é o meu trabalho. Quando estou com eles, eu sou Lea Sarfarti.”

Os pais de Michele se conheceram no Bronx quando não eram nem adolescentes. Ele era judeu; ela era uma italiana católica. A relação deles “não era bem aceita,” Michele diz, mas eles sempre estiveram juntos “por tipo, uns 1000 anos.” “É uma benção vir de um lar tão ótimo, forte e sólido onde os pais ainda estão juntos,” Michele diz. “Mas também é tipo, ‘Uau, eles conseguiram isso- eu também posso?’” Eles criaram Michele em Tenafly, New Jersey, onde seu pai trabalhava numa loja de peças e sua mãe era enfermeira. Como filha única, ela ganhou a completa atenção dos pais. “Meus pais são trabalhadores,” a atriz diz. “Mas meu pai, especialmente, é o mais ativo e perfeccionista do mundo. Eu puxei essa habilidade de ser focada dele. Sempre quis mostra-los que eu estava sobre controle e era professional, mesmo quando era criança.”

Depois de ‘Les Misérables,’ ela continuou a trabalhar na Broadway, aparecendo como a filha do imigrante judeu Tateh, a face da inocência e promessa, no elenco original de ‘Ragtime.’ No ensino médio em Nova Jersey, “Eu estava no time de vôlei, no time de debate, fui para o acampamento de verão, fui no meu baile de formatura, estive na minha formatura, fui na Spring Break,” ela se lembra orgulhosamente. “Eu tive uma experiência escolar normal.” Ou tão normal quanto pudesse ser, indo para a Rua 42ª enquanto a maioria das crianças iam para o treino de futebol.

Quando Michele tinha 14 anos, ela começou a participar de leituras e workshops para um novo musical. ‘Spring Awakening’ se passa na Alemanha de 1992, mas contou com o turbulento pop rock do compositor dos anos 90, Duncan Sheik; o musical precediu a onda de musicais de rock que tivemos até então (‘American Idiot’, ‘Rock of Ages’, ‘Spiderman: Turn Off the Dark’). Foi inovador, não só pela sua fusão antiga de lugar, tempo e gênero musical, mas também pela sua brava exploração do desejo sexual adolescente e os custos de sua renegação., temas que que mais tarde ecoariam um palco cultural ainda maior em Glee. Michele sabia que ‘Spring Awakening’ era a forma perfeita de demonstrar sua mistura de talentos- a clássica musica de teatro tagarelante e sua voz magnificamente melancólica e madura. A peça levou cinco anos para estrear, e Michele participou de todo o trabalho. “Eu estava sentando no ovo de ouro,” ela lembra. “Eu sabia que era mágico.” Ela estava certa: “Quando performamos Off-Broadway, tudo estava tipo, bam bam, bam> Off-Broadway, Broadway, avaliações, oito Premios Tony- nós preenchemos cada requisito de uma peça de sucesso.” E a escolha perfeita de Michele, junto com a presença de palco, e o que Murphy chamou de “voz da geração” nãos foram partes pequenas do que fizeram o show alavancar.

Jonathan Groff e Lea Michele em 'Spring Awakening'

Michele diz que sua arma secreta foi, por muito tempo, sua capacidade de manter certo equilíbrio num mundo sem ordem. Atualmente, ela é uma devota da yoga kundalini e tem um banheiro cheio de incensos e suplementos de saúde. A atriz espera se comunicar com o lado espiritual das suas fãs mais jovens em ‘Brunette Ambition”, um livro que sairá no próximo Maio, o qual dirá às garotas que “é possível viver um estilo de vida muito divertido que ainda é centrado e sério.” Meio manual e meio biografia, o livro será feito com receitas, histórias sobre sua família e, claro, um capitulo sobre Glee.

“Uma coisa boa com Lea é que momentos de incerteza sempre resultam em grandes recompensas,” diz seu melhor amigo, Jonathan Groff, que conhece Michele desde que interpretou seu interesse romântico em ‘Spring Awakening.’ (Groff também interpretou o rival, Jesse St. James, em Glee.) “Quando uma coisa acontece e uma sensação surge, ela não desvia. Ela segue em frente, completamente, e aproveita a experiência.”

Groff foi o responsável de ter apresentado Michele para Ryan Murphy. “Sempre me falaram que eu nunca apareceria na TV pois meu visual era muito étnico,” diz Michele num tom mais pragmático do que ressentido. “Eu estava 100% focada e pronta para ser a melhor do mundo no que eu faria.” Ela imaginou que passaria a vida inteira em shows da Broadway e talvez aparecer em L.A um pouco, “como em um pequeno acidente de carro em ‘Grey’s Anatomy,” ela diz.

Então seus planos foram por água abaixo. De uma vez só, seu namorado terminou com ela (“Ele ficou tipo, ‘Terminamos’”) e a produção de ‘Spring Awakening’ entrou em greve, destruindo o show. “EU fiquei tipo, ‘Ok, o universo está começando a fazer merda,’” ela diz. Michele ligou para Grodd, que estava em L.A trabalhando num pilot. Ele convenceu-a a voar para a California imediatamente. Dias depois, Groff e ela encontraram Murphy no Chateau Marmont, e Rachel Berry nasceu. “Ela estava lamentando o fato de que não existiam papéis para garotas como ela, não havia muitos papeis de comédias musicais românticas,” Murphy lembra. “Eu escrevi o papel para ela, para dá-la alguma coisa a qual se apoiar.” Rachel Berry foi uma das duas personagens que foram escritas especificamente para um ator em particular; a outra foi Sue Sylvester para Lynch. O piloto foi lançado menos d eum ano depois, e desde então Michele foi nominada para dois Globos de Ouro e um Emmy. “Lea é o coração do programa,” diz Murphy. “Sua personagem e seu espírito abraçavam tudo o que o show era, que é sobre primeiras vezes, descobertas e a trajetória que você tem para se tornar uma estrela. Tudo é bem interligado com Lea e a sua ‘persona.’”

De algum jeito, Michele é muito alinhada com sua personagem. É claro que a mulher de verdade é muito mais desenhada e complexa que a qual ela interpreta na TV- mas não é difícil ver como sua personalidade também é dura. Michele é exigente. Ela gosta das coisas de um certo jeito- por exemplo, a limpeza de sua casa, a lista enorme de recomendações de restaurantes de Sushi em L.A, o modo como não me ajuda, mas sim me corrige quando eu confundo o título de duas de suas canções. Ela tem altos padrões e reconhece a sua habilidade de conhecê-los. Você não iria gostar de tê-la como inimiga. “Totalmente,” Groff diz. “Você está com ou está contra Lea. Sua amizade é extrema de um bom jeito.”

De qualquer jeito, existe um fervor básico dessa ferocidade. Kate Hudson (Cassandra July), a atriz que Michele supostamente teria uma rixa no set de Glee no verão de 2012, é na verdade uma das suas amigas mais próximas. “A mídia só quer colocar uma garota contra a outra,” Hudson diz sobre os rumores de que teria chamado Michele de “pesadelo” e uma “diva total.” “Na verdade, essa é uma daquelas piadas que você conta pra ver onde vai parar quando senta na cadeira de maquiagem, sabe?” Glee também trata dos traços do velho sexismo. “Toda mulher, como Lea Michele, que se tornou muito celebrada durante a história do show business- seja Bette Davis ou Barbra Streisand- se elas não são recatadas, elas serão xingadas o tempo todo. Se você é um homem e se declara ambicioso, você é celebrado. Uma mulher que diz o mesmo é vista como fria ou uma megera. É a cultura.”

Seguindo imediatamente para a morte de Monteith, Michele disse para Hudson. “Eu chamei-a e disse, ‘Eu não sei pra onde vou pois minha casa está cercada [de repórteres],’” lembra Michele. “Ela ficou tipo, ‘Oh, você vai ficar na minha casa.’ Como se não fosse nada.” O isolamento era o que ela precisava. “Ninguém sabia que eu estava lá, o que foi ótimo,” ela diz. “Ela deixou minha família ir para lá, e qualquer um de meus amigos. Ela se assegurou que que na geladeira teria meus sucos favoritos. Nunca vou ser capaz de agradecê-la verdadeiramente pelo o que fez comigo.” Hudson ainda se choca ao falar sobre aquelas semanas. “Honestamente, ela era inspiradora,” a atriz diz. “Ela é uma mulher muito forte, especial e amável. Ela sempre tenta lidar com o lado emocional disso de um jeito muito saudável.”

“Okay, essa música faz que querer me matar,” Michele diz, meio brincando. “Eu só posso ouvi-la apenas a cada seis meses.” Nós estávamos sentando no estúdio Pulse Recording em Los Angeles com a equipe de produção, tocando as músicas que Michele gravou para seu álbum extremamente aguardado. Michele é uma pessoa totalmente diferente quando fala sobre sua música- uma versão mais atrevida, esclarecida e animada da mulher recatada que era em casa. Hoje ela está vestida como uma super-heroína hipster em calças jeans apertadas, botas de ciclismo Fiorentini and Baker e um porta-copos com um café do Starbucks (preto com um respingo de leite desnatado).

Depois de experimentarem uns sons diferentes, Michele e sua equipe já tinham escolhido a vibe do álbum- grande, espalhafatoso e pop, um cruzamento entre Evanescence e Kelly Clarkson sem autotune-quando Monteith morreu. “O álbum estava pronto, e a gravadora disse, ‘Você quer adicionar algo?’”Michele lembra. Num primeiro momento, ela não pensou que quisesse, mas reconsiderou. “Eu fiquei tipo, ‘Posso me arrepender se não fizer isso.’”

Para ajudá-la a escrever uma música sobre Monteith, ela foi falar com Sai Furler, a cantora e compositora australiana que trabalhou com Katy Perry, Rihanna , Christina Agulilera e que tem cinco músicas no álbum de Michele. Quando se conheceram, “Ela levou um segundo, e então eu acho que ela leu-me certo, então ela sabia que seus segredos estavam seguros comigo,” Furler diz. A faixa ainda não está terminada, mas definitivamente estará no álbum, Michele diz,. Também há outra faixa adicionada na pós-morte de Monteith, chamada “Cannonball.” Enquanto trabalhava com Furler nessa canção, a atriz desabou em soluços. “Eu disse [para Furler], ‘Acho que estou caindo, e também acho que ele nunca queria que eu fizesse isso. Preciso me lembrar que eu devo viver, porque você pode querer morrer’”

Contando essa história, Michele cita uma parte da letra de “Cannonball”: “I’ve got to get out into the world again/ I won’t hide inside/ I’ve got to get out/ Got to get out/ Lonely inside but I’m going to light the fuse... and now I will start living” [Mas eu não vou me esconder dentro/ Eu tenho que sair, tenho que sair/ Tenho que sair, tenho que sair/ Sozinha por dentro, e acende o pavio... e agora vou começar a viver.”

No curso de dois dias juntas para essa matéria, os olhos de Michele embaçaram um pouco. Mas não até ela cantar outra música, “You’re Mine”, gravada antes da morte de Monteith. É, comparavelmente, uma faixa positiva sobre a noção de que uma pessoa pode pertencer a vida de outra pessoa. É sobre como o amor te faz sentir-se invencível- tudo parece possível, pois você tem essa pessoa no seu time para sempre. À medida que a música toca, Michele fecha seus olhos, canta e chora. “Me faz tão feliz, essa música,” ela grita sob a batida, arreganhando através das lágrimas. “Faz-me pensar sobre Cory. Era nossa. Quando penso nele, toco isso.”

Essa foi a entrevista, aguardem mais outra essa semana!

Way, Bitches

Traduzido por: Julia Oliveira

Texto Original por: Revista Ellen, novembro de 2013


 
 
 

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